A Doença de Alzheimer é uma enfermidade progressiva e é um tipo de demência. Mas o que a difere das outras formas de demência?
Quando se trata de envelhecer, alguns dos medos mais comuns que as pessoas têm estão em torno da doença de Alzheimer e da demência.
Estas duas palavras assustam, principalmente a quem tem alguém da família nestas condições.
Mas o que elas realmente significam? E qual é a diferença entre as duas?
O que é demência?
A palavra “demência” não se refere a uma condição específica. Ela descreve um conjunto de sintomas que resultam de uma deterioração da função cerebral.
Estes sintomas podem incluir problemas no pensamento, raciocínio, aprendizagem, memória e linguagem; problemas comportamentais e emocionais; e dificuldades com atividades diárias.
É mais provável que afete pessoas mais velhas, mas não é uma parte inevitável do envelhecer, e é diferente do esquecimento que muitas vezes vem com o envelhecimento.
Infelizmente, não há cura, e piora ao longo do tempo.
Qual a diferença entre a doença de Alzheimer e a demência?
Geralmente demência e doença de Alzheimer são descritas como situações distintas.
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Na verdade, a doença de Alzheimer é um “tipo” de demência, ou seja, é uma causa desta.
A demência pode ser causada por muitas condições diferentes. A mais comum dessas condições é a doença de Alzheimer.
Como a doença de Alzheimer apresenta características peculiares, os dois termos serão tratados, neste texto, como doenças distintas.
O que é doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é a condição mais comum que causa demência. Em cada 10 pessoas com demência, cerca de 6 casos são por doença de Alzheimer.
Se uma pessoa tem doença de Alzheimer, a habilidade do cérebro para enviar sinais entre células nervosas está danificada, o que afeta a capacidade de pensar e comunicar ações para o resto do corpo.
Os primeiros sintomas podem incluir a perda da memória recente que progride para datas cada vez mais distantes.
No início, a pessoa acha difícil fazer tarefas diárias e torna-se mais irritável do que o habitual.
A doença de Alzheimer tende a aparecer gradualmente, e a condição progride ao longo do tempo: os sintomas pioram e outros podem aparecer.
Eventualmente, alguém com Alzheimer precisará de cuidado integral.
Como os sintomas de demência e Alzheimer se comparam?
Há uma grande variedade de possíveis sintomas da demência comum, mas os sintomas de Alzheimer são um pouco mais específicos.
Os sintomas da demência variam dependendo do que está causando a demência e também variam de uma pessoa para a outra.
Os principais sintomas de demência se dividem em três grupos diferentes:
Dificuldades com lembrança, pensamento e linguagem
A pessoa pode ficar “esquecida”, repetir as perguntas, lutar para lembrar as palavras ou ficar desorientada.
Dificuldades com atividades diárias
O indivíduo pode passar a “brigar” com sua rotina – talvez tornando-se anti-higiênico, recusando-se a tomar banho, ou negligenciando a sua casa.
Ele também pode se perder em lugares familiares.
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Dificuldades emocionais e comportamentais
Estas dificuldades podem ser amplas, incluindo querer ficar isolado ou apático, depressivo ou ansioso, desconfiar dos outros ou mesmo ser agressivo.
A pessoa também pode ficar inquieta e ter problemas para dormir.
As diferentes causas da demência podem ter sintomas diferentes nos estágios iniciais. Mas, à medida que doença progride, provavelmente a pessoa apresentará o quadro completo de sintomas de demência.
Doença de Alzheimer
Na doença de Alzheimer especificamente, a primeira coisa que surge são problemas de memória recente. Uma situação peculiar é a pessoa que começa a culpar os outros pelo “sumiço” de objetos da casa que ela “guardou”.
A pessoa também pode perder o interesse em suas atividades favoritas ou passatempos.
Com o passar do tempo, esses problemas vão piorar.
A pessoa pode ficar mais confusa e esforçar-se para planejar e seguir as instruções.
Nas fases posteriores da doença de Alzheimer, podem aparecer sintomas mais graves como alucinações, agressão, depressão e incontinência urinária e fecal.
Também é importante pensar sobre o impacto que a demência e a doença de Alzheimer podem ter sobre cuidadores familiares.
Cuidar de alguém com demência pode ser muito estressante, e os cuidadores familiares devem procurar apoio, se precisarem, e não deixar de cuidar de sua própria saúde.
Opções de tratamento para Alzheimer e demência
Existem tratamentos disponíveis para algumas causas de demência, e uma delas é a doença de Alzheimer.
O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a gerenciar sua vida diária de forma independente durante o maior tempo possível.
O tratamento de demência mais utilizado são medicamentos que tratam os sintomas da doença e podem ajudar a diminuir o progresso, mas não param a doença.
Infelizmente, eles não funcionam para todos. Também é importante lembrar que eles não curam ou revertem a doença de Alzheimer.
Esses medicamentos também podem ter um efeito semelhante em outros tipos de demência.
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Para algumas causas de demência, como a demência vascular, ainda não existem tratamentos conhecidos.
Como comentou uma pessoa que teve um ente amado com doença de Alzheimer, “os melhores remédios são amor, carinho e compreensão“. Nenhum médico pode dar, somente a família.
Existe alguma chance de recuperação da doença de Alzheimer ou demência?
Infelizmente, no momento, não há cura para nenhuma das condições que causam demência e nenhuma chance de reverter a progressão da doença.
Por sua natureza, a doença piora ao longo do tempo, até que a pessoa provavelmente precise de cuidados 24 horas por dia.
Quem corre o risco de desenvolver doença de Alzheimer e demência?
Existem alguns fatores que podem afetar a probabilidade de a pessoa desenvolver demência.
O principal é a idade: quanto mais velho, mais provável é esta evolução.
Entre 60 a 64 anos de idade, cerca de uma em cada 100 pessoas tem demência, algumas com doença de Alzheimer.
Essa quantidade sobe para cerca de seis em cada 100 pessoas com idade entre 75 e 79 e até 30 pessoas em 100 na faixa etária de 90 a 94 anos de idade.
É possível evitar?
Alguns dos fatores de risco para demência pode ser controlados.
Fumar, estar com excesso de peso e não fazer exercício físico suficiente parecem aumentar o risco de demência.
Também a alimentação precária pode desempenhar um papel.
Outras causas prováveis
Existem algumas outras condições de saúde que aumentam o risco de demência, incluindo diabetes não controlada, doenças cardíacas, hipertensão arterial e colesterol elevado, doença de Parkinson, hidrocefalia de pressão normal, síndrome de Down e algumas formas de esclerose múltipla.
A demência geralmente não é hereditária, mas há evidências de que a hereditariedade pode facilitar em algumas situações.
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A doença de Alzheimer é uma das causas que podem ter um vínculo genético: alguém com um pai, irmão ou irmã com a doença estará com um risco ligeiramente aumentado.
Há também quadros transitórios de confusão em idoso por descompensação orgânica, como no hipotireoidismo, ou mesmo na desidratação, que não precisa ser severa.
O idoso às vezes esquece de beber água. É importante que um adulto cuide e hidrate o seu idoso. Leia sobre hidratar o corpo.
A diferença entre a doença de Alzheimer e a demência
Ao olhar para a diferença entre a doença de Alzheimer e a demência, a principal coisa a lembrar é que as duas não são mutuamente exclusivas.
Uma pessoa com doença de Alzheimer também tem demência, mas apenas algumas pessoas com demência têm doença de Alzheimer.